No
âmbito das comemorações da Solidariedade no Distrito de Setúbal, venho
por este meio partilhar o Programa do Percurso da Chama da Solidariedade
2017/2018, que culminará na Festa da Solidariedade em 8 de Junho de
2018 e o cartaz referente ao percurso da Chama pelos concelhos do distrito.
Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, usa a
expressão “nado-morto”. Nem esta entidade nem a Confederação de
Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS) esperam que o
Governo prolongue as Redes Locais de Intervenção Social (RLIS) lançadas
pelo Executivo anterior.“Este Governo não tem simpatia pelas RLIS”, lembra Manuel Lemos. O
Governo anterior é que decidiu, em 2013, descentralizar competências na
área da acção social e delegá-las a instituições de solidariedade. Houve
uma experiência-piloto. E, no Verão de 2015, abriu-se a linha de 50
milhões de euros no âmbito do novo ciclo de fundos comunitários Portugal
2020 para quem assumisse funções até três anos. Quando o actual Governo
tomou posse, “já todo o processo estava a andar”.
“É um programa
mal querido”, nota Manuel Lemos. Cita o ministro da Segurança Social,
Vieira da Silva, segundo o qual, por vezes, há uma excessiva
transferência de competências do Estado para o sector privado. “O
Partido Socialista entendeu que foi isso que aconteceu com as RLIS.” O
presidente da União das Misericórdias Portuguesas fala, por isso, em
“nado-morto”. Parece-lhe evidente que não houve qualquer aposta no
programa, antes um deixar andar, tendo presente que tem um prazo de
validade. “Este ano não aconteceu nada. Para o ano, poderá acontecer.”