quarta-feira, 21 de maio de 2014

Conclusões Encontro das IPSS's Distrito de Setúbal

“União e Sustentabilidade para a SOLIDARIEDADE”

Conclusões do Encontro das IPSS’s
do Distrito de Setúbal
Promovido pela UDIPSS a 8 e 9 de Maio 2014

“NÃO PODEM SER SEMPRE OS MESMOS A DAR …”

1.INTRODUÇÃO
1.1 A sustentabilidade das IPSS foi, desde sempre, baseada nos apoios do Estado, como Instituições que substituem e/ou complementam a ação do Estado na sua função social. Esta premissa é um facto e resulta num serviço com custos muito mais reduzidos e com a mesma ou melhor qualidade e competência nas respostas sociais que sendo competência do Estado são asseguradas pelas IPSS’s. Qualquer estudo comparativo e nos mesmos termos comprova esta realidade.
1.2 Muitas das respostas e estruturas foram criadas movidas por – aquilo a que poderíamos chamar – interesses políticos quer a nível central (pelos governos) quer a nível local (pelas autarquias), perante a insuficiência de respostas  a sociedade civil organizou-se, criando ela própria respostas locais no sentido de ver satisfeitas as suas necessidades sociais.

1.3 Pode-se considerar que no geral, retirando alguns casos esporádicos e muito pontuais, a distribuição geográfica e capilar a nível nacional (distrito) e local (concelho/freguesia) é equilibrada e responde à maior parte das necessidades atuais das comunidades onde estão inseridas.

1.4 Conclui-se com facilidade que as pessoas vivem hoje mais anos e com mais qualidade de vida, esta realidade obriga as IPSS’s a adquirirem novas capacidades para responder às novas necessidades, adaptando-se à realidade de cada família e criando respostas não tipificadas.
1.4.1 Impõe-se restruturar as valências na área dos idosos investindo na melhoria da resposta e das políticas sociais e da saúde.
2. Sustentabilidade
2.1. A sustentabilidade das IPSS’s deverá ser olhada não pela falta de utentes mas pelo potencial institucional que representam, reestruturando as Instituições, adaptando-se às novas realidades e necessidades locais, regionais e/ou nacionais. A regra deverá ser: olhar à PERTINÊNCIA DAS RESPOSTAS EXISTENTES (existência de utentes) e NECESSIDADE DE NOVAS RESPOSTAS (existência de utentes).
·         EXISTIMOS PARA SUPRIR NECESSIDADES.

·         REAFIRMAMOS QUE NÃO SOMOS E NÃO DEVEMOS SER ÁREA DE NEGÓCIO. SOMOS E QUEREMOS SER ÁREA DE APOIO SOCIAL E ALMOFADA DAS FAMÍLIAS EM DIFICULDADES E COM CARÊNCIAS!
2.2 Há quinze anos, em geral, um pouco mais de metade dos custos de funcionamento das IPSS tinham a sua proveniência nas famílias e outras fontes de financiamento. Hoje, fruto da evolução económica do país, das políticas e exigências implementadas no funcionamento das IPSS’s, em média, esse valor caiu para metade. A componente de apoio do Estado esteve praticamente congelada nos últimos sete anos, sendo que os custos de funcionamento não deixaram de aumentar. Em muitas situações foi possível até hoje não existir ruptura graças ao recurso ao crédito bancário, mas a capacidade de endividamento das IPSS’s está a atingir o seu limite. A rutura está eminente.
2.3. A rubrica  “CUSTOS COM O PESSOAL” representam cerca de 80% das RECEITAS de muitas instituições do Distrito (especialmente as IPSS’s com 20 ou mais anos) porque registam um quadro de pessoal com trabalhadores no topo das carreiras verticais das suas categorias e funções.
Todas as IPSS’s cumpriram e cumprem as CCT’s e os quadros de pessoal exigidos pelo ISS,IP para as diversas valências na suas componentes técnicas e de apoio.
2.3.1 Por isso a Sustentabilidade Estrutural implicará o apoio à diversificação das respostas de cada instituição, no princípio da subsidiariedade e suportada pela Carta Social de cada concelho.
2.3.2 Por isso os participantes no encontro desafiam a ACADEMIA a avaliar a Sustentabilidade das IPSS devendo medir-se, não só a Sustentabilidade Económica mas também a Sustentabilidade Social. Para além do cálculo dos CUSTOS SOCIAIS devem ser encontradas fórmulas de calcular os GANHOS SOCIAIS da acção das IPSS.
2.3.3 A CNIS deverá promover  a nível nacional e com o apoio das UDIPSS, um debate na busca de propostas concretas, assentes na realidade local (de cada IPSS’s) para encontrar uma estratégia e medidas que permitam a sua sustentabilidade.
2.3.4 Afirmamos a necessidade de a CNIS propor uma Programa abrangente que possibilite às Instituições em dificuldade, a sair da iminência de insolvência e permitir desenvolver, melhorar e aprofundar as suas respostas.

2.4 Respondendo aos convites, do Estado, em investimento para a criação de novas respostas, muitas IPSS’s avançaram, sem estudar a sustentabilidade das mesmas no curto e médio prazo, nomeadamente, o aumento dos custos de funcionamento e de manutenção ao longo dos anos das novas estruturas criadas.

2.5 Sem aumento das Comparticipações do Estado, perante a redução da comparticipação das FAMÍLIAS, e, com os aumentos dos custos fixos o que acontece semanalmente é a geração de dificuldades ou impossibilidades de satisfação dos compromissos assumidos, com bancos, fornecedores e trabalhadores.
 
  GERA-SE ASSIM A INSUSTENTABILIDADE.
3. RELAÇÕES LABORAIS
3.1 O Encontro manifesta, uma vez mais as preocupações dos Dirigentes das IPSS do Distrito pela  assinatura do ACORDO EM SEDE DE COMISSÃO PARITARIA (CNIS/SINDICATOS)   criando mais CATEGORIAS VERTICAIS e o consequente acerto  da tabela salarial à remuneração mínima mensal e com as implicações nos custos reais da massa salarial sem uma contrapartida do Estado, visto as famílias nas atuais condições de vida não podem aumentar a sua comparticipação.
3.2 Os Dirigentes das IPSS do Distrito de Setúbal, presentes no Encontro são da opinião que o Estado devia estar como terceira Organização, na assinatura destes acordos tendo primado pela ausência, com a complacência dos sindicatos e a omissão da CNIS. Não acautelando um aumento dos valores da cooperação, a CNIS não deveria ter assumidos novos compromissos.
3.3 Os Dirigentes manifestam a sua insatisfação pela continuação da filosofia e manutenção das tabelas A e B, dividindo em termos remuneratórios, absolutamente díspares, o quadro de técnicos com funções de  igual ou superior responsabilidade e não a procura de uma solução de consenso de modo a uniformizar a situação existente, evitando assim, a sua continuação no futuro, na contratação de novos técnicos nomeadamente educadores na tabela da maioria dos trabalhadores das IPSS.
3.3.1 Dizer que a criação de mais uma categoria nos técnicos superiores está feita no sentido de caminhar para igualar essas tabelas é, no entender dos Dirigentes, uma falácia, pois com o novo CCT não acreditamos que os valores das remunerações dos educadores não sejam igualmente atualizados.
3.3.2 Em particular deverá ser acautelado de que, em sede de novo CCT, a contagem de tempo de serviço das educadoras e professores, contando o tempo de serviço no público e no privado, ao contrário de agora, que é só contado o tempo em IPSS, seja apenas e só para novos contratos e não para os que já estão nos quadros das instituições.
3.3.3 Considera o Encontro que sendo os trabalhadores das IPSS dos mais, senão mesmo os mais Solidários, deve ser negociado o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais, para todas as categorias profissionais, contribuindo assim como uma das respostas à criação de condições para a sustentabilidade das instituições.

3.4 Pergunta-se aos representantes da CNIS, na Comissão Paritária enquanto representantes das IPSS’s, ao assinarem este acordo estavam conscientes das suas implicações em cada IPSS’s ou apenas pensaram no acordo numa perspetiva macro?
3.4.1 Se cada direção fizer o estudo do impacto destas medidas na IPSS que dirige, perceberá do que estamos a falar.
3.5 Reconhece-se, no entanto, a justiça e a bondade dos negociadores, mas a questão base é quem paga e como se paga este acordo?
3.6 Técnicos das IPSS do Distrito, presentes no Encontro, manifestam a opinião de que, num universo de cerca de 250.000 trabalhadores das IPSS’s, já deveria ter sido criada uma estrutura sindical destes trabalhadores.
3.7 Acima de tudo foi salientado neste encontro que na relação interna com os seus trabalhadores e utentes é importantíssimo o clima de solidariedade e fraternidade existente e que o mesmo deve ser aprofundado e alargado com o enfoque no paradigma, que as Instituições existem porque existem utentes e que esses utentes são pessoas. Esta constatação não está dissociada do respeito pelos direitos dos utentes e dos trabalhadores e da natural exigência do cumprimento do dever de cada uma das partes – Instituição, Utentes, dirigentes e trabalhadores.
4. GESTÃO
4.1 Considera o Encontro que é urgente INOVAR, integrando na “economia social”, e trabalhando o nosso enquadramento estratégico enquanto entidades da economia social solidária, sabendo quem está connosco nas áreas em que atuamos.
4.2 Para o efeito é necessário, nesta área, um know-how constituído por profissionais a assessorar os dirigentes e não amadores ou “gente de boa vontade”. O presente exige rigor e profissionalismo na gestão e não só “gestores amadores”, que apesar de importantes e indispensáveis, não respondem às exigências atuais.
4.2.1 Hoje os voluntários são muito diferentes de há 10 ou 20 anos atrás, são mais qualificados, mais competentes mas menos disponíveis em quantidade.
4.3 Conclui-se que:
As IPSS’s necessitam, na área da Gestão, de quadros técnicos competentes, com quem se possa ter exigência e rigor.
As IPSS’s não se compadecem com amadorismos.
O Plano Estratégico, o Projeto Educativo, Planeamento Anual, Planeamento Mensal, acompanhamento da faturação, controlo de compras ao dia, controlo de tesouraria… e tantos outros, deverão ser preocupações dos Dirigentes num de um presente de qualidade.
É necessário cativar voluntários qualificados para participarem numa Gestão de qualidade, como fator determinante da marca “solidária” que as IPSS representam.
4.6 No que concerne a boas práticas e qualidade do serviço prestado, aconselha-se que cada IPSS possua o seu plano estratégico, projeto educativo, planeamento anual da atividade que por sua vez se projeta no planeamento mensal. É necessário fazer o acompanhamento da facturação (tesouraria), do controlo de compras no dia-a-dia.

5. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
5.1 Manifestam e contestam os participantes no encontro, o tratamento diferenciado e numa só direção, com que o Estado trata as IPSS, por exemplo, no pagamento de juros pelas instituições quando se verificam atrasos no pagamento das suas obrigações contributivas. A AT e o ISS são inflexíveis nas datas de pagamento das contribuições IRS, TSU e outros. O Estado por seu lado demora no pagamento, demora e não paga com juros, como por exemplo compensação educadoras, RSI, cantinas sociais. É urgente que a parceria funcione em situação de igualdade.

5.2 Na Saúde o respetivo Ministério deverá assumir de forma equilibrada os acordos com as IPSS, encontrando-se algumas totalmente abandonadas, registando-se políticas de atuação diferentes em função do tipo de resposta, apesar das Instituições possuírem o mesmo estatuto.
Sugere-se a constituição de grupos de trabalho específicos para as IPSS, na área da saúde com o objetivo de serem avaliados todos os tipos de Acordos, Convenções e Contratos.
A Saúde deverá tratar melhor as suas respostas sociais.
Criar Acordos de funcionamento com equipas que atuam na saúde, tendo como referência os acordos das UCCI.

5.3 O Encontro reivindica o reembolso a 100% do IVA da construção e da manutenção de equipamentos.

5.4 Sugere este Encontro a criação de um Gabinete de Apoio ao trabalho em rede, para capacitação dos órgãos sociais, apoiando a sustentabilidade com ações de angariação de fundos e apoio na elaboração de candidaturas ao novo QREN – Portugal 2020.

5.5 A realização e ou revisão dos Acordos, em função das realidades locais e institucionais, criando atipicidades à existência de um modelo de referência, devendo esta situação ser analisada e avaliada em termos de resultados e custos. 

5.6 O Serviço de Emprego e Formação Profissional de Setúbal, também presente no Encontro, manifestou mais uma vez, o seu apreço pelo papel das IPSS, realçando a importância do papel das IPSS’s, que conta como parceiros de primeira linha.
Registámos a alta empregabilidade (50% nalguns casos) dos casos integrados pelas IPSS’s e enviados do Centro de Emprego.
Foi enfatizado que nos CEI e CEI+ assumem, cargos profissionais de apoio aos quadros das IPSS, que tendo origem nesses programa são integrados, demonstrando-se aqui também a solidariedade social, dando oportunidade aos que estão à margem. Refira-se que este tipo de integração dificilmente acontece nos serviços públicos e nas empresas privadas.

5.7 No Plano das relações com o Centro Distrital da Segurança Social, Autarquias e outras organizações públicas e privadas, devemos continuar o trabalho na Comissão Permanente de Acompanhamento dos Protocolos e as relações com o Centro Distrital da Segurança Social; que se deve cooperar com todas as organizações públicas e privadas e de forma firme e concertada, sempre que esteja em causa os valores e a autonomia e das Instituições; cooperar com as Redes Sociais Concelhias, incentivar as Instituições a participarem ativamente nas Redes Sociais Locais – Conselhos de Locais de Ação Social e Comissões Sociais de Freguesia.



6.REQUALIFICAÇÃO
6.1 No desenho do novo Quadro Comunitário, na AIDUS (Área Metropolitana de LISBOA) sociais propostos a Bruxelas (E.U.) serão: as CRECHES E OS CUIDADOS CONTINUADOS.
Estranham os presentes neste Encontro que nos novos programas comunitários não sejam referidos investimentos em RESIDÊNCIAS de IDOSOS e no APOIO À NATALIDADE, conforme Propostas do Presidente da Direção da UDIPSS de Setúbal.

6.2 Segundo afirmações públicas do DIRETOR da CCDR, não há financiamentos para a REQUALIFICAÇÃO de equipamentos, estando disponíveis financiamentos para as ZONAS RIBEIRINHAS e para as ENERGIAS RENOVÁVEIS.

6.3 O Encontro defende a implementação de PROGRAMAS NACIONAIS: 
·         (TIPO PARES) ADAPATAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO EQUIPAMENTOS EXISTENTES sendo que mais de 65% estão construídos há mais de 15 ANOS;
·         (TIPO INTEGRAR) FORMAÇÃO DLD E CEI+ E REQUALIFICAÇÃO do PESSOAL das IPSS.

6.4 A ADREPES – Associação de Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal, presente no Encontro, enquanto Parceira, que desenvolve a sua atividade, através de ações de apoio na área social, infraestruturas e imateriais, no âmbito do PRODER, PROMAR e POPH.
Desenvolve ações de Formação em rede de parceiros de diferentes áreas, de públicos a privados, mesmo com a universidade, para diferentes organizações de agricultores.
Hoje, e fruto da nova realidade, a ADREPES, alargou os fins e as parceiras, entre elas as IPSS do Distrito.
Anunciou as Estratégias Locais, feitas pelos promotores locais (atores locais de desenvolvimento) que se encontram em discussão para a criação de projetos – DLBC – Desenvolvimento Local de Base Comunitária nas áreas: Rural, Pesca, Património, Área Social e Turismo.
Considera, a ADREPS, que os CLDS e os CLDS+ deveriam integrar as DLBC, como parceiros.
Alertou as IPSS para que estas estejam atentas à abertura das candidaturas, no arranque dos novos programas.

6.5 Ainda no ponto das parcerias foi alertado para os apoios que vão ser prestados através do FEAPC (Fundo Europeu Auxilio às Pessoas Carenciadas) que substitui o PCAAC, e que um dos seus eixos de apoio é referido que uma das medidas será o fornecimento de refeições diárias gratuitas, podendo potenciar as respostas existentes no terreno, caso terminem como previstos, em finais de 2014, as atuais Cantinas Sociais.

O «Modelo» escolhido por Portugal, integrará três medidas de financiamento:
• Medida 1 – Aquisição e distribuição de produtos alimentares;
• Medida 2 – Fornecimento de refeições diárias gratuitas;
• Medida 3 – Cartão Familiar e Medidas de Acompanhamento.

7. CNIS
7.1 Referindo-se à CNIS, o Encontro questionou o seu modelo de funcionamento e organização interna, referindo os participantes que a sua actual estrutura já não responde às reais necessidades da Economia Social.

7.1.1 O Dirigentes presentes consideram que é importante, senão mesmo imprescindível, alterar os atuais Estatutos da CNIS, promovendo-a como uma verdadeira Confederação, constituída pelas Federações (a criar) e Uniões Distritais além de outras organizações sociais intermédias, devendo as IPSS’s ser filiadas nas FDIPSS ou UDIPSS.

7.2 Porque a atual estrutura da CNIS baseia a sua ação na experiência das respostas sediadas nos grandes Centros Urbanos, não acautelando o que se passa nas instituições locais e rurais, nomeadamente os custos de insularidade, de territorialidade, de ausência de vizinhança, entre outros.

7.3 Para as tomadas de posição e assinaturas de acordos e protocolos as Uniões Distritais não são ouvidas o que implica necessariamente a discussão sem conhecimento das realidades. A CNIS não pode, nem deve, decidir sem ouvir os seus interlocutores regionais, as Uniões.

7.4 A CNIS não passou das intenções, ao longo dos anos, de trabalhar na área da saúde das IPSS, ao contrário da União das Misericórdias Portuguesas e não promoveu até agora a criação de grupo de trabalho, apesar das propostas já apresentadas pela UDIPSS de Setúbal.

7.5 Pretendia-se seguir o caminho da Misericórdia de Lisboa quando criou um acordo com a União das Misericórdias Portuguesas, lançando realizando um programa para abrir e apoiar as suas Unidades de Cuidados Continuados Integrados.
Como IPSS, dizemos que todos os Programas deverão ter abrangência a todas as IPSS. Afirmamos a necessidade de a CNIS propor uma Programa abrangente que possibilite às Instituições em dificuldade, que trabalham nesta área, a desenvolverem e aprofundarem as suas respostas.


7.6 A CNIS deve iniciar, com o apoio das suas associadas, acções junto da tutela no sentido de que a taxa social para carenciados no pagamento da electricidade, seja extensiva às IPSS’s.

7.7 A CNIS deve iniciar, com o apoio das suas associadas, acções junto da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, no sentido da existência de um pagamento social, do consumo de água para as IPSS’s.

7.8 O Encontro Distrital lamenta que o NOTÍCIAS A SEXTA, órgão informal de informação do Presidente da CNIS, não refira a realização deste encontro distrital.


8. Notas Finais
8.1Foram apresentadas propostas de estratégias de contenção que ajudem a alterar as atuais práticas e conceções, para a definição de novas práticas e politicas sociais, através do reforço das relações entre as instituições do Distrito, promovendo as boas práticas de trabalho enquadras pela UDIPSS, na manutenção das relações institucionais com a CNIS e no reforço das relações formais e institucionais com o ISS- CD de Setúbal, IEFP, ARS, IPDJ, Autarquias e outras organizações públicas e privadas.

8.2 Foi enfatizada e elogiada a palavra SOLIDARIEDADE, como tema deste encontro, já que ela é a matriz, a história e a razão do nosso dinamismo, enquanto IPSS’s. A nova Lei de Bases da Economia Social refere 34 vezes “economia social” e apenas 1 vez “solidariedade”.
Há muito trabalho e desafios pela frente, referiu o Presidente da UDIPSS Lisboa, José Carlos Batalha.

8.3 Foi incentivada, elogiada e apoiada a realização deste tipo de encontros onde todos os envolvidos nas redes e respostas sociais, desde IPSS’s, autarquias, organismo públicos locais e regionais e empresas, através dos seus dirigentes, técnicos e trabalhadores, sendo um contributo importante as conclusões e os resultados, para o trabalho da Direção da CNIS, conforme foi sublinhado pelo representante da CNIS no Encontro, Eduardo Mourinha.

8.4 A Diretora do ISS, Centro Distrital de Setúbal, Ana Clara Birrento, reconheceu e valorizou o trabalho e as boas práticas das IPSS do Distrito de Setúbal e, referiu e constata as excelentes relações de trabalho com a UDIPSS de Setúbal, nomeadamente em sede da Comissão de Acompanhamento dos Protocolos e nas Plataformas Supraconcelhias e ainda na articulação entre estes órgãos regionais e cada uma das IPSS. Esta articulação estreita entre o Centro Distrital de Setúbal do ISS,IP e a UDIPSS, permite um trabalho de grande proximidade e de forma direta, com cada uma das instituições.

8.5 O Presidente da Associação do Municípios da Região de Setúbal, Rui Garcia, reconheceu a grande importância do trabalho com as IPSS’s nos Concelhos do Distrito, valorizando o papel destas nas parcerias estabelecidas, por exemplo, nos CLAS, potenciando as respostas sociais junto das famílias e substituindo o Estado nas respostas sociais prestadas às populações. Reconheceu ainda qua as IPSS’s são uma resposta democrática e da comunidade na resolução das suas necessidades, fruto do ideário de Abril, cujos 40 anos estamos a celebrar.

8.6 Os presentes apelaram ainda para que as conclusões e propostas apresentadas sejam divulgadas aos órgãos de comunicação, junto das estruturas descentralizadas do poder central (ISS, Saúde, Educação, IEFP, IPDJ…), nas Plataformas Supraconcelhias, nos CLAS e nas autarquias.

8.7 O Encontro Distrital aprovou que a União Distrital seja mandatária das IPSS do Distrito, para no Congresso da CNIS de 6 e 7 de Junho, apresentar estas conclusões.
  
Tal como refere o lema deste encontro e para que ocorra ”UNIÃO E SUSTENTABILIDADE PARA A SOLIDARIEDADE”, “NÃO PODEM SER SEMPRE OS MESMOS A DAR …”

Pelo Encontro Distrital, com participação de 92 IPSS’s.
A Direção da UDIPSS de Setúbal


[Setúbal na Rede] - União e Sustentabilidade para a Solidariedade

[Setúbal na Rede] - União e Sustentabilidade para a Solidariedade

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Encontro IPSS's Distrito de Setúbal

Sessão Encerramento ~
Dia 9 de Maio 2014
Presidente da AMRS- Associação Municípios da Região de Setúbal,Rui Garcia; Diretora Centro Distrital de Setúbal do ISS, IP Ana Clara Birrento;
Mourinha Eduardo, Direção CNIS-Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
Rev. Pe. Miguel Alves Centro Social e Paroquial Nª Sª Anunciada -Setúbal
Florindo Paliotes - Presidente UDIPSS
Auditório Centro Social e Paroquial Nª Sª Anunciada -Setúbal


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Encontro das IPSS´s Distrito de Setúbal "União e Sustentabilidade para a Solidariedade"

Encontro das IPSS´s Distrito de Setúbal
"União e Sustentabilidade para a Solidariedade"
Amanhã Conclusões e Sessão de Encerramento com Presidente da AMRS- Associação Municípios da Região de Setúbal, Rui Garcia; Diretora Centro Distrital de Setúbal do ISS, IP Ana Clara Birrento ; Eduardo Mourinha, Direção CNIS-Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.
Não faltem ainda vão a tempo de darem o vosso contributo.! Amanhã 09h30-12h30 Auditório Centro Social e Paroquial Nª Sª Anunciada -Setúbal