segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Manual de Boas Práticas para IPSS (energia elétrica)

Manual de Boas Práticas para IPSS

19/02/2016
O Manual de Boas Práticas para as IPSS é publicado no quadro do Plano de Promoção e Eficiência no Consumo de Energia Elétrica 2013-2014, promovido pela ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, no âmbito da medida Formação e Sensibilização para o Consumo de Energia Elétrica dirigida a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Esta medida, designada por Polo Positivo, é promovida pela ADENE – Agência para a Energia, com o apoio da Entrajuda através da sua rede de IPSS e da Sair da Casca.
Esta medida tem como objetivo a mudança de comportamentos face ao consumo de energia nas IPSS para a redução da fatura energética deste tipo de organizações.
Este manual é um pequeno guia agregador das principais medidas de eficiência energética em IPSS, com base nos conceitos chave sobre boas práticas no consumo de energia elétrica, contendo no seu final uma seção com informação específica referente à realidade de cada IPSS.
Para além de um instrumento de apoio à formação, este manual também será útil a todas as IPSS interessadas em melhorar a eficiência no consumo de energia elétrica.
Manual de Boas Práticas
 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Projeto de Portaria de Extenção CCT para as IPSS

Projeto de Portaria de Extensão do Contrato Coletivo entre a CNIS e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais   


Foi publicado hoje, 15/02/2016, no Boletim do Trabalho e Emprego, o Projeto de portaria de extensão do contrato coletivo entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade – CNIS e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.
Esta Portaria de Extensão, neste momento ainda em projeto, vai permitir alargar o âmbito de aplicação do Contrato Coletivo entre a CNIS e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais a mais trabalhadores.
Veja o BTE Nº 6/2016 de 15 de Fevereiro, página 21 do pdf, ou 268 da paginação.
Profissões da Saúde incluídas.
Veja também o Contrato Coletivo relacionado e por nós publicado:

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Dia da CNIS

DIA DA CNIS

Estado Social seria utopia sem as IPSS


A CNIS celebrou 35 anos, período durante o qual tem sido a voz e o rosto de milhares de IPSS disseminadas por todo o território nacional, ilhas incluídas.
“É um dia importante porque, de algum modo, é um dia de celebração do muito que são as instituições de solidariedade em Portugal, do muito que fazem, do muito que significam e da esperança que são para o povo português”, começou por dizer, ao SOLIDARIEDADE, o presidente da CNIS, que considerou ainda que “a CNIS não seria absolutamente nada se não fosse este mundo de instituições, este mundo de dirigentes, este mundo de solidariedade, de altruísmo, de inovação, de resposta social e de serviço aos outros”.
O padre Lino Maia falava no final da sessão que decorreu no dia 15 de janeiro, em Fátima, e que reuniu dezenas de dirigentes da CNIS e das Uniões Distritais e Federações suas integrantes.
Na estreia em atos públicos da novel secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, a sessão teve como mote o «Desenvolvimento do Estado Social», tema sobre o qual versaram três oradores convidados: Jorge Miranda, Teresa Fernandes e Fernando Ribeiro Mendes.
“Foi uma forma bonita de celebrar esta data, em que tivemos, digamos, a apresentação pública da senhora secretária de Estado da Solidariedade Social, que de algum modo veio reafirmar o reconhecimento deste Setor por parte do Governo e a vontade que este Governo tem de prosseguir no bom rumo da cooperação”, comentou o padre Lino Maia, que se mostrou confiante num bom relacionamento com o novo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: “É evidente que poderá haver, aqui ou acolá, algum reajustamento, há sempre seja qual for o Governo… Mas seja qual for o percurso a fazer, é sempre muito importante, periodicamente, fazer-se uma avaliação e enfrentar-se desafios novos”.
Aliás, nas breves palavras que dirigiu aos presentes na abertura do encontro, o presidente da CNIS foi perentório: “Temos todas as razões para confiar numa boa relação com o novo Governo”.
Por seu turno, Cláudia Joaquim começou por traçar o retrato da situação social do País, sublinhando os difíceis momentos dos últimos anos e deixando como principal ideia para o futuro o “reforço da confiança no sistema”, referindo que, ao mesmo tempo, “torna-se indispensável fomentar a coesão e solidariedade que deve existir entre as várias gerações, bem como voltar a assumir a proteção dos cidadãos mais vulneráveis como uma das prioridades no quadro das funções do Estado Social”.
Mostrando sintonia com o que havia sido dito pelo presidente da CNIS, a governante assegurou: “Para este Governo, as pessoas devem estar no centro das políticas públicas, pelo que a nossa estratégia consagra um conjunto de políticas que têm como objetivos o combate ao desemprego, a recuperação da economia, a sustentabilidade da Segurança Social, o combate à pobreza e exclusão social e o cumprimento rigoroso dos compromissos externos, nomeadamente no âmbito da União Europeia”.
Depois revelou que a estratégia do Governo “é muita clara” e com objetivos “extremamente concretos”, que passam pelo “virar de página na política de austeridade e na estratégia de empobrecimento” e pela “defesa do Estado Social e dos serviços públicos, na segurança social, na educação e na saúde, enquanto instrumentos de combate à pobreza e às desigualdades”, revelando um conjunto de medidas já aprovadas, “que visam melhorar os rendimentos das famílias portuguesas”.
A fechar, a secretária de Estado transmitiu uma mensagem de esperança e motivação: “Estamos assim a viver hoje um período de esperança renovada que nos permite enfrentar os desafios com maior confiança, onde a partilha de esforços e responsabilidades, aliada ao espírito de união e solidariedade, nos permite ter a ambição realista de construir um País cada vez mais coeso, justo e desenvolvido”.

O ESTADO SOCIAL

A sessão celebrativa do Dia da CNIS prosseguiu com as alocuções dos oradores convidados, que, no final, Macário Correia, responsável pela organização do encontro, disse ter sido “interessante” e ter mesmo superado as expetativas, “em termos de conteúdo, debate e da qualidade das intervenções”.
Para este elemento da Direção da CNIS, “foram abertas pistas para aquilo que pode ser a evolução das políticas sociais nos próximos tempos”.
Também o padre Lino Maia se mostrou satisfeito com a “reflexão muito importante” que foi a manhã em Fátima. “Nós somos uma parte integrante do Estado Social. Não somos Estado, mas o Estado Social seria utopia sem os agentes que são estas instituições. A utopia existirá sempre, mas é importante que todos nós, de vez em quando, reflitamos quais são os novos desafios, que passos dar, que desvios fazer e o que é, de facto, importante implementar. E isto refletiu-se neste encontro”.
Para abordar o tema «Desenvolvimento do Estado Social», o primeiro orador foi Fernando Ribeiro Mendes, professor de Economia no ISEG de Lisboa, antigo secretário de Estado da Segurança Social e recém-eleito para a administração da mutualidade Montepio Geral e ainda presidente do Inatel, que abordou aquilo que são as questões da área da economia aplicadas às instituições sociais e de toda a gestão dos acordos e da relação com a Segurança Social, sublinhando dois conceitos muito importantes para o desenvolvimento do Estado Social: justiça social e pegada moral.
Seguiu-se Teresa Fernandes, membro do Conselho Diretivo do IGFC – Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização, que traçou uma perspetiva histórica do nascimento e da orientação das políticas sociais e também daquilo que são as hipóteses da sua evolução, tendo em conta os fundos que geram e a relação entre empregadores e trabalhadores.
A fechar, o constitucionalista Jorge Miranda, Professor de Direito e, por muitos, considerado o «Pai da Constituição» – epíteto, aliás, que o próprio recusou logo na abertura da sua intervenção –, deu um panorama daquilo que são os direitos no contexto da legislação portuguesa e no contexto dos tratados e da legislação europeia, em que questões de ordem social estão previstas e de como, por exemplo, a omissão das instituições oficiais nacionais pode ser questionada pela via jurídica para que as pessoas tenham acesso a direitos que, por vezes, as instituições, em primeira linha, não reconhecem.
Seguiu-se um momento de “debate interessante”, com a participação de uma seleção de dirigentes da estrutura associativa nacional e regional da CNIS, que colocaram diversas questões, “saldando-se por uma manhã muito produtiva em termos de conteúdo, em que ficaram ideias e opiniões de pessoas, diria, senadores de políticas sociais, no Direito e na Economia, e com a presença daqueles que são os mais responsáveis na estrutura nacional das instituições sociais”, resumiu Macário Correia.
Também para o presidente da CNIS o encontro foi muito positivo, sublinhando “a participação de três pensadores muito importantes, mas também a presença de todos estes dirigentes, não apenas da CNIS, mas também dirigentes distritais e das diversas federações que integram a Confederação”, evidenciando a “presença não de auditores mas de construtores”.
No final da sessão foi assinada a escritura de passagem da CNIS para a UDIPSS Lisboa das instalações onde esta estrutura distrital já está sedeada. Questões legais impediam-no até agora, mas, ultrapassada a burocracia, a assinatura do padre Lino Maia, pela CNIS, e de José Carlos Batalha, pela UDIPSS Lisboa, oficializa o desejo de todos os intervenientes.
“Também foi bonito concluirmos um processo de transferência das instalações para a União Distrital de Lisboa, que foi sempre quem as mereceu e as desenvolveu. União Distrital que tem feito um percurso muito bonito, no sentido de alimentar e avançar a união e a comunhão e esta foi uma forma muito simbólica de celebrar essa mesma comunhão”, comentou o padre Lino Maia, que aproveitou para deixar uma mensagem: “É um dia importante e mostrámos em tudo isto que não nos deixamos intimidar pelos obstáculos, somos sempre leais na cooperação, sempre construtores para um devir melhor e o País pode contar connosco, como nós contamos sempre com a compreensão, a comunhão e o envolvimento das populações”.

Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)

 

Data de introdução: 2016-01-16

EAPN - Erradicar a Pobreza. Compromisso para uma Estratégia Nacional

Rediteia 48 - Erradicar a Pobreza. Compromisso para uma Estratégia Nacional
http://www.eapn.pt/download.php?file=3046


 Para muitos, erradicar a pobreza e a exclusão social é um objectivo utópico. Contudo, a experiência demonstra-nos que os seus efeitos podem ser prevenidos e consequentemente diminuídos os números, sempre que todos os atores sociais se impliquem de forma ativa e se definam as medidas adequadas e eficazes às realidades nacionais. Foi este objectivo que animou o grupo de pessoas e instituições que a EAPN Portugal promoveu e coordenou ao longo de quase dois anos.

Um grupo de pessoas/instituições que acreditam que erradicar a pobreza não só é possível, como é uma prioridade nacional. A bem de uma boa governação assente numa democracia mais participada e responsabilizante, é fundamental que se inclua na agenda política de governação do país o objetivo da erradicação da pobreza, se defina uma estratégia nacional e metas para a eliminação da pobreza e se encontrem os adequados suportes institucionais para fazer valer os direitos humanos e sancionar o seu respectivo incumprimento.

Esta publicação sistematiza um conjunto de propostas resultado de debates internos entre os protagonistas envolvidos e que juntamente com a EAPN Portugal se empenham diariamente numa luta mais eficaz e eficiente contra a pobreza e a exclusão social. Entendemos que deveríamos partilhar esta informação, e de uma forma totalmente despretensiosa, deixar os nossos contributos sob a forma de considerações e pistas de orientação para quem desenvolve o seu trabalho no campo da luta contra a pobreza e para quem tem responsabilidades em matéria de definição de políticas. A todos os atores envolvidos aproveitamos aqui para deixar o nosso agradecimento especial.

Colaboraram neste número Alcides Monteiro, Alfredo Bruto da Costa, Ana Lopes, Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (ANIMAR), Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI), Caritas Portuguesa, Carlos Farinha Rodrigues, Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESIS), Elza Chambel, Fátima Veiga, Fernanda Rodrigues, Francisco Branco, Instituto de Apoio à Criança (IAC), José Pereirinha, Maria Joaquina Madeira, Maria José Domingos, Maria Manuela Silva, Paula Cruz, Pedro Hespanha, Sandra Araújo e Sérgio Aires.