ORDEM DE MÉRITO
Presidência da República distingue trabalho das IPSS
A Presidência da República distinguiu um conjunto de personalidades e de IPSS cujo contributo para “atenuar o sofrimento causado pela crise em que o País tem vivido nos últimos anos foi notável”, como fez questão de frisar Cavaco Silva, que com este ato quis ainda assinalar o Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações.À cabeça dos galardoados, o presidente da CNIS, padre Lino Maia, que o Presidente da República distinguiu com o título de Grande-Oficial da Ordem de Mérito.
Os 13 distinguidos – sete personalidades e seis instituições sociais – foram agraciados com a Ordem de Mérito, que se destina a galardoar atos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da coletividade.Para além do líder da CNIS, foram ainda agraciados, com a Comenda da Ordem do Mérito, Alfredo Castanheira Pinto, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, e Luís Villas-Boas, diretor do Refúgio Aboim Ascensão, António Lopes, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Golegã, e Manuel Matias, vice-presidente da Associação António Bacelar Carrelhas, e, como Oficiais da Ordem do Mérito, Albino Martins e Cláudia Martins, diretores do Centro Paroquial de Cachopo.
Já com o título de membro honorário da Ordem do Mérito, a Presidência da República distinguiu seis IPSS: Associação da Creche de Braga (representada por Manuel Lomba), Associação Popular de Apoio à Criança (José Casaleiro), Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos (José Carreiro), Florinhas do Vouga (Lucinda Tavares Conceição), Lares da Boa Vontade (Alasdair Mackintosh) e Obra Diocesana de Promoção Social (Américo Ribeiro).
Nas palavras que dirigiu aos presentes, o Presidente da República referiu que o ato pretende “reconhecer o trabalho em prol dos mais frágeis” que os agraciados vêm desenvolvendo.
“Outros mereceriam estar aqui, pela dedicação e altruísmo com que têm apoiado os que mais precisam, mas as personalidades e
instituições que aqui estão presentes representam a vasta rede de solidariedade social de todos os que deram o melhor de si para atenuar o sofrimento dos muitos que têm sido afetados pela crise”, afirmou Cavaco Silva, sublinhando: “O papel das vossas instituições foi decisivo para combater a carência e apoiar os novos pobres, seja por via do desemprego, do endividamento excessivo ou outras causas que a crise criou”.Enfatizando a importância da “rede de solidariedade social” que Portugal tem, o Presidente da República lembrou que uma das suas primeiras iniciativas, há nove anos, foi o “apelo para o Compromisso Cívico para a Inclusão Social”, a que se seguiu “o Roteiro para a Inclusão Social”, congratulando-se por ter sido “um apelo que foi ouvido”.
Considerando que as personalidades e instituições sociais agraciadas provam que existe “um Portugal solidário”, Cavaco Silva questionou: “O que seria da situação social do País sem a vossa ação e das vossas instituições?”.
Depois o Presidente da República apelou para que “a vigilância não abrande”, deixando um agradecimento “pelo que fizeram pelos mais desfavorecidos”.Em nome dos condecorados, o padre Lino Maia começou por agradecer “honra” e os elogios dirigidos às IPSS, recordando que, apesar dos “anos difíceis, não houve uma só instituição a encerrar portas ou um só dirigente a desistir”.
Depois, o presidente da CNIS lembrou que a rede social solidária são mais de cinco mil instituições, cerca de 200 mil empregos e quase meio milhão de utentes, sublinhando: “Somos para todos e de todos sentimos o carinho e o apreço”.
“Apoiámos mais pessoas, servimos melhor e criámos mais emprego, com menos meios, mas com um coração provavelmente maior”, rematou.
No final, ao SOLIDARIEDADE, o padre Lino Maia sublinhou não sentir “esta condecoração como algo pessoal, mas como uma distinção para as instituições”.
A cerimónia contou, entre os convidados, com o ministro da Solidariedade, Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, e com diversos antigos governantes, tal como com diversos elementos da Direção da CNIS.
Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)
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