terça-feira, 23 de abril de 2013


 In CNIS, "Notícias à sexta" de 19-04-2013
                                     

Conta Satélite da Economia Social (CSES)  

             No dia 18 de Abril, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) promoveram a sessão de apresentação dos resultados da Conta Satélite da Economia Social para 2010 e do inquérito ao trabalho voluntário 2012.

Estamos a descobrir a força da sociedade portuguesa que se manifesta por via deste sector», afirmou o Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa, acrescentando que «esta força tem uma dimensão múltipla: social, solidária, humanista e económica» sendo «uma alavanca importante para o progresso do País».
Referindo que «a partir de hoje, não será mais possível ignorar a força da economia social, a sua importância estratégica e determinação para o desenvolvimento económico completo do País», o Secretário de Estado sublinhou que «esta conta satélite veio revelar, de forma inequívoca, factos extraordinários que servirão de apoio à negociação do futuro fundo europeu de investimento».
 A conta satélite da economia social, poderá ser consultada em:
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=157543613&PUBLICACOESmodo=2

A Conta Satélite da Economia Social (CSES) foi elaborada no âmbito do Protocolo de cooperação assinado em 2011 entre o Instituto Nacional de Estatística, I.P. (INE) e a Cooperativa                                            António Sérgio para a Economia Social, CIPRL (CASES).
A caracterização da Economia Social em Portugal baseou-se na análise, por tipo de actividade, do número de entidades                                                                         (universo) e dos agregados macroeconómicos das Organizações da Economia Social (OES). As principais conclusões a destacar são:

·               Em termos de dimensão relativa do sector, em 2010 o Valor Acrescentado Bruto (VAB) da Economia Social representou 2,8% do VAB nacional total e 5,5% do emprego remunerado (equivalente a tempo completo - ETC).
·                A remuneração média (por ETC) nas OES correspondeu a 83,1% da média nacional, embora apresentando uma dispersão significativa.
·               Das 55 383 unidades consideradas no âmbito da Economia Social em 2010, as Associações e outras OES representavam 94,0%, sendo responsáveis por 54,1% do VAB e 64,9% do emprego (ETC remunerado). As Cooperativas constituíam o segundo grupo de entidades da Economia Social com maior peso relativo, em termos do número de unidades, VAB e remunerações.
·               Perto de metade (48,4%) das OES exerciam actividades na área da cultura, desporto e recreio, mas o seu peso em termos de VAB e emprego remunerado (ETC) era relativamente diminuto (6,8% e 5,4%, respectivamente);
·               A acção social gerou 41,3% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) das OES, sendo responsável por 48,6% do emprego remunerado (ETC);
·               Em 2010, o sector da Economia Social registou uma necessidade líquida de financiamento de 570,7 milhões de euros. Contudo, as Cooperativas (fundamentalmente devido às que se integram na área financeira), as Mutualidades e Fundações da Economia Social apresentaram capacidade líquida de financiamento;
·               Os recursos das OES foram fundamentalmente gerados pela produção (62,8%) e por outras transferências correntes e outros subsídios à produção (23,8%). As despesas das OES consistiram, principalmente, em consumo intermédio (31,4%), remunerações (26,8%) e transferências sociais (24,3%);
·               Em 2010, existiam 5022 Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Estas representaram 50,1% do VAB, 42,6% das remunerações e 38,2% da necessidade líquida de financiamento da Economia Social.

Na caracterização do Voluntariado em Portugal, em 2012, destacam-se alguns resultados:

·               Em 2012, 11,5% da população residente com 15 ou mais anos participou em, pelo menos, uma actividade formal e/ou informal de trabalho voluntário, o que representou quase 1 milhão e 40 mil voluntários;
·               Foi possível definir um perfil sintético do voluntário: nas actividades de trabalho voluntário formal destacaram-se os indivíduos mais jovens, desempregados e com níveis de escolaridade mais elevados; predominaram as mulheres e indivíduos solteiros. Nas actividades de trabalho voluntário informal prevaleceram pessoas com mais idade e com maiores níveis de escolaridade, verificando-se uma maior taxa de voluntariado dos indivíduos desempregados e, também, maior proporção de indivíduos divorciados/separados;
·               O Inquérito ao Trabalho Voluntário permitiu, adicionalmente, determinar o trabalho voluntário afito à Economia Social em 2012. Utilizando como referência o emprego total da Economia Social (expresso em ETC) em 2010, foi possível observar que o trabalho voluntário na Economia Social correspondeu a cerca de 40% do primeiro, o que confirma a importância deste recurso para as OES. 



Sem comentários:

Enviar um comentário