sexta-feira, 25 de março de 2016

Misericórdias- Fundo Rainha D. Leonor

O Fundo Rainha D. Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), já ajudou 28 misericórdias de todo o país, com mais de 4,5 milhões de euros.

O fundo foi criado na sequência de um acordo assinado em maio de 2014, entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas, com vista a apoiar projetos parados por dificuldades económicas e esbater as diferenças entre as várias misericórdias, em termos de capacidade de financiamento, tendo as candidaturas arrancado a 26 de março de 2015.
Em declarações à agência Lusa, a responsável pela gestão do fundo, Inez Dentinho, adiantou que, durante o ano de 2015, foram apoiadas 21 misericórdias, num valor global de 3.236.196,6 euros.
A Santa Casa da Misericórdia de Penela foi a que recebeu a verba mais elevada, 300 mil euros, para a ampliação de um lar de idosos, mas houve verbas destinadas, por exemplo, à reabilitação de um lar para pessoas com deficiência, para a construção de uma cozinha e lavandaria, para a aquisição de equipamento para um pavilhão multiusos ou para a requalificação de espaços exteriores.
Já durante o ano de 2016, foram apoiadas sete misericórdias com 1.345.322,09 euros, sendo que a verba mais elevada (300 mil euros) foi destinada às Santas Casas da Misericórdia de Faro e de Alcantarilha, para a construção de um lar de idosos e para a alteração e ampliação de uma estrutura residencial, respetivamente.
No total, o Fundo Rainha D. Leonor já apoiou 28 misericórdias com um total de 4.581.518,35 euros.
Inez Dentinho adiantou que o acordo estabelecido entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a União das Misericórdias Portuguesas definiu que o fundo teria um orçamento anual de 5 milhões de euros para apoiar "as causas sociais prioritárias de todo o país" das misericórdias.
A responsável disse acreditar que, tendo em conta que já foram apoiados sete misericórdias em 2016, os cinco milhões de euros não irão chegar até ao final do ano.
Inez Dentinho explicou que o processo de candidatura tem "regras transparentes", que obrigam a que a submissão da candidatura seja feita de forma informática, tendo dado entrada 44 candidaturas, 28 das quais já aprovadas.
A candidatura obriga a uma visita ao local com uma equipa técnica para ver a situação financeira da misericórdia, bem como um "diagnóstico social para aferir o grau de necessidade da obra".
"Para além do parecer jurídico e do parecer social, há um parecer da obra, há o parecer financeiro, há uma análise de custos, vemos o que é elegível", explicou a responsável.
No entender de Inez Dentinho, este é um fundo que existe para "dar a última pedra".
"O tempo de lançar grandes obras foi um tempo que terminou, agora trata-se mais de conseguir concluir estas, reabilitar edifícios simbólicos e abrir portas, adequá-los à legislação atual", sublinhou a responsável, apontando que, na gestão do fundo, dão primazia a espaços que privilegiem a intergeracionalidade.
A responsável diz mesmo que, em 500 anos de história das misericórdias, a ideia de criação deste fundo foi "revolucionária", já que até agora nunca tinha surgido um projeto em que as verbas dos jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa servissem para apoiar outras misericórdias noutros pontos do país.
 in http://www.rtp.pt/

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